No dia seguinte ao anúncio sobre mudanças no calendário dos encontros estaduais do Partido dos Trabalhadores, que adiou a reunião marcada para o próximo dia 10 em Pernambuco, o vice-presidente da legenda, Oscar Barreto, afirmou que a direção nacional do PT tomou "uma atitude de cunho político", mesmo que "tardiamente". Na avaliação do petista, a direção nacional tomou consciência de que está isolada politicamente. Ele ainda defendeu que o partido é quem "tem que pedir por uma aliança".
"Tardiamente, ela está executando a decisão que o diretório nacional tomou no ano passado. Que a política de alianças será decidida pelo diretório nacional a partir dos interesses nacionais. E que a prioridade é Lula, é deputado federal, é senador, nunca foi nacionalmente prioridade aventura política eleitoral como o PT de Pernambuco pensou em fazer", disse o dirigente petista ao Blog da Folha.
Para Oscar Barreto, nesta terça-feira (5), "esse grupo fez somente o que tinha que ser feito lá atrás". "Na videoconferência que teve com a executiva e com Gleisi (Hoffmann), eu falei que era preciso que o feito fosse tomado a ordem, ou seja, que o diretório nacional teria que pegar esse debate e fazê-lo com responsabilidade. Agora, se fala em manter candidatura a, b, c ou d, isso é só como um prêmio de consolação. A rigor, a eleição nos tira, por o PSB, do isolamento. Quem tem que pedir pela aliança é o PT nacional, porque senão no final vai ficar sozinho. Quem tem que pedir por uma aliança é o PT, porque senão vai terminar sozinho nacionalmente. Nos estados, em vários, sozinho. Essa política do eu sozinho vai derrotar a classe trabalhadora. O País. Pela importância que tem o PT", disparou.
Ainda na avaliação do dirigente, a direção tomou consciência que está isolada politicamente. "Porque, na realidade, o Ciro é candidato, o Boulos é candidato, Manuela é candidata. E o nosso candidato é Lula. Portanto, não tem mais nenhum partido conosco. Quem pode estar conosco é o PSB. De maneira muito leal", continuou.
Oscar Barreto ainda comentou o resultado da pesquisa interna do partido, a qual chamou de "fajuta', e criticou "quem considera essa posição que a prioridade é na regional, são posições que defendem interesses particulares, patrimonialistas, despolitizados".
Com informações do Blog da Folha
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