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quinta-feira, 14 de junho de 2018

Temer tentou obstruir a Justiça em compra de silêncio de Cunha, diz PF


O relatório final da Polícia Federal referente a Operação Cui Bono, que investiga irregularidades e desvios na Caixa Econômica Federal na época em que o ex-ministro Geddel Vieira Lima era vice-presidente de Pessoa Jurídica da instituição, dedica um capítulo inteiro à suspeita de tentativa da compra do silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Câmara e do doleiro Lúcio Funaro, apontado como operador de propinas do MDB, por parte de Michel Temer.

"Segundo o relatório, 'no edifício probatório dos autos do inquérito 4483/STF', da Operação Patmos, 'foram verificados indícios suficientes de materialidade e autoria atribuível a Michel Miguel Elias Temer Lulia, Presidente da República, no delito previsto no Artigo 2.º, inciso 1, da 12.850/13, por embaraçar investigação de infração penal praticada por organização criminosa'", diz o documento.

No inquérito, a PF pediu o indiciamento de 16 pessoas suspeitas de terem participado das irregularidades investigadas, dentre elas Cunha, o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB-BA), Lúcio Funaro, e executivos dos grupos Marfrig, Bertin e J&F, além do empresário e dono da Gol Linhas Aéreas, Henrique Constantino. Temer é apenas citado no inquérito em virtude de possuir foro privilegiado.
Segundo a PF, Temer teria incorrido no crime de obstrução da Justiça "na medida em que incentivou a manutenção de pagamentos ilegítimos a Eduardo Cunha, pelo empresário Joesley Batista, ao tempo em que deixou de comunicar autoridades competentes de suposta corrupção de membros da Magistratura Federal e do Ministério Público Federal que lhe fora narrada pelo mesmo empresário".

Trecho do relatório diz respeito a uma gravação feita por Joesley Batista no dia 7 de março de 2017 durante um encontro com Temer no Palácio do Jaburu, em Brasília. No áudio, Joesley fala de providenciar uma ajuda financeira a Cunha e a Funaro para que eles não firmassem um acordo de delação com o Ministério Público Federal (MPF). Na ocasião, Temer teria avalizado o pagamento ao afirmar que o empresário "tem que manter isso, viu?".

Temer já foi alvo de duas denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR) que acabaram arquivadas pela Câmara dos Deputados.

Brasil 247

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