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quarta-feira, 18 de julho de 2018

Coluna do blog desta quarta-feira

Candidatura de Marília Arraes consolidou-se 
A pesquisa Datamétrica divulgada ontem trouxe um cenário que os bastidores da política já estavam captando, que era o crescimento significativo da candidatura de Marília Arraes ao governo de Pernambuco. No levantamento ela aparece com 21%, quatro pontos abaixo do governador Paulo Câmara, que tenta a reeleição, e quatro pontos acima de Armando Monteiro, que foi candidato em 2014 e não conseguiu polarizar com o atual governador.
Os números de Armando, apesar de comemorados pelo petebista, denotam certa fragilidade da sua candidatura, uma vez que no levantamento anterior ele tinha 14% e cresceu apenas para 17%, mesmo tendo vários movimentos positivos em relação ao seu nome, como o anúncio formal da sua pré-candidatura em 11 de junho que não tinha sido captado no levantamento passado, e o apoio do grupo Ferreira ao seu projeto que ocorreu posteriormente. De lá pra cá a pauta foi mais positiva pra Armando, então era esperado um desempenho melhor.
No tocante a Paulo Câmara, a situação é igualmente preocupante, uma vez que mesmo oscilando positivamente cinco pontos percentuais, a soma de seus adversários é consideravelmente maior do que suas intenções de voto, cristalizando a existência de um segundo turno no quadro mais provável que é o de três candidaturas competitivas.
Quanto a Marília Arraes, mesmo tendo a menor retaguarda política dos três principais candidatos, ela vem conquistando um crescimento sustentável e gradativo que faz dela uma candidata difícil de ser batida, uma vez que é o fato novo de uma eleição que tem dois candidatos que se enfrentaram no passado e não conseguem fazer uma disputa política que signifique uma discussão dos problemas do estado. Marília fica cada vez mais consolidada para ser candidata, pois é quem aparenta ter as condições políticas de estar no segundo turno e oferecer um projeto que faça frente à hegemonia do PSB no estado. Os números evidenciam que ao PT só cabe um caminho: reconhecer a força de Marília e garantir a sua candidatura ao Palácio do Campo das Princesas.
Encontro – Chamou a atenção o encontro do presidenciável Ciro Gomes e do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, com a deputada Luciana Santos e o ex-prefeito de Olinda Renildo Calheiros no aeroporto do Recife que teve a ausência de José Queiroz e Wolney Queiroz, expoentes do partido no estado. Há quem afirme que a indefinição de Paulo Câmara deixou Lupi chateado e ele poderá levar o PDT para Marília Arraes como troco pela indecisão do governador.
Estadual – Após ensaiar candidatura a governador, a senador, a vice-governador e a suplente de senador, e sem sucesso na empreitada, o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes Elias Gomes bateu o martelo e será candidato a deputado estadual. Elias fará dobradinha com Betinho, que tentará a reeleição, reeditando 2006 quando Elias tentou ser federal e Betinho estadual. Naquela ocasião ambos foram derrotados.
Visita – Pré-candidato a governador apoiado por PSDB e DEM, o senador Armando Monteiro fez questão de realizar uma visita ao ex-presidente Lula na carceragem em Curitiba. A atitude é do tipo que só faz perder votos, uma vez que não faz com que o eleitor de Paulo Câmara e Marília Arraes decida votar nele, e ainda perde a simpatia de quem preferia uma candidatura que não estivesse alinhada com o petismo.
Vácuo – Por causa deste tipo de atitude de Armando Monteiro que seria importante uma candidatura que oferecesse um projeto ao nicho de mercado que não vota no PT nem simpatiza com Lula em Pernambuco. Apesar de parecer que Lula é uma unanimidade no estado, isso está longe de ocorrer, existem muitos eleitores que querem vê-lo na prisão e não tem a menor simpatia por quem vive exaltando a figura dele, como Armando Monteiro.
RÁPIDAS
Meta – O deputado estadual Ricardo Costa, candidato a reeleição pelo PP, estabeleceu como meta suplantar os 41.140 votos obtidos em 2014 nas eleições deste ano. Ricardo precisa de 35 mil votos para não ter sustos na reeleição, mas tem trabalhado no sentido de ter uma votação ainda maior. Nas eleições passadas ele quase dobrou os 21.189 votos obtidos em 2010 e pretende repetir o feito de ampliar a votação em outubro.
Boato – Na Assembleia Legislativa de Pernambuco o boato que corre é o de que Nilton Mota abdicará da reeleição para ajudar o projeto liderado por Paulo Câmara, sendo o coordenador geral da campanha. Apesar de muitos comentarem, é pouco provável que Nilton abdique de um mandato líquido e certo com mais de 70 mil votos para ser um mero coordenador. Isso só deve ocorrer se houver motivações de foro pessoal, o que aparentemente não é o caso.
Inocente quer saber – Paulo Câmara poderá ficar sem o apoio do PDT e do PT no fim das contas?

Do Edmar Lyra

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