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sábado, 20 de outubro de 2018

Bruno Araújo: “O PSDB reprimido é de centro-direita”

O deputado federal Bruno Araújo, um dos primeiros signatários do movimento “Muda PSDB”, defende que o partido faça uma “flexão um pouco mais à centro-direita”. Alguns tucanos investiram em acenos à centro-esquerda, a exemplo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Em entrevista ao Estadão, ao ser indagado sobre chance de apoio ao presidenciável Fernando Haddad, FHC devolvera: “Eu não diria aberta, mas há uma porta. O outro não tem porta. Um tem um muro, o outro uma porta. Figura por figura, eu me dou com Haddad. Nunca vi o Bolsonaro”. Sobre inclinações à esquerda, Bruno diverge: “Esse não é o PSDB que eu enxergo na maioria do seu pensamento“. O deputado pernambucano emenda: “A maioria tem seu pensamento abafado por lideranças importantes“. Como resultado dessa reflexão, Bruno crava: “O PSDB reprimido é de centro-direita“. E convoca: “Esse PSDB reprimido tem que se posicionar”.
A sinalização feita por FHC teve a seguinte resposta de Haddad: “Se depender de mim, essa porta será aberta em nome da democracia“. Sobre o fator Haddad, Bruno observa: “Haddad pode ser o ponto fora da curva, mas arrasta todos os males do Partido dos Trabalhadores e isso não resolve os problemas de quem não quer votar em Bolsonaro nem no PT“.
Bruno, que foi candidato ao Senado, mas não foi eleito, considera que o PSDB “pode se identificar com a sociedade num caminho de centro pouco mais à direita“. O parlamentar registra, por exemplo, que, na sua grande maioria, os quadros do PSDB são presidencialistas. “Não tem mais conexão com a origem, que era do parlamentarismo. O voto distrital não tem conexão com a maioria. Essas questões vão ter que ser rediscutidas“, projeta. E arremata: “Mas tem que ter clareza na sua fala, que não pode ser abafada por lideranças históricas do partido“.
O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, obteve 4,76% (5.096.349) na corrida pelo Planalto este ano. Em 2014, Aécio Neves terminou a disputa com 48,36% (51.041.155) contra 51,64% (54.501.118) de Dilma Rousseff. Para os tucanos, foi um baque o resultado das urnas deste ano.

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