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terça-feira, 28 de março de 2023

Armas apreendidas em operação da Polícia Federal em clube de tiros de Caruaru serão doadas à Polícia Militar

 

Armas apreendidas em operação da PF em clube de tiros de Caruaru serão doadas à Polícia Militar — Foto: Reprodução / TV Asa Branca

O Tribunal Regional Federal da 5ª região aceitou o pedido da Polícia Federal em doar as armas apreendidas no clube de tiros, em Caruaru, Agreste de Pernambuco, à Polícia Militar do estado. O clube de tiros que é considerado um dos maiores do Brasil é do policial civil Diego de Almeida Soares.

Ele é acusado de vender armas de fogo de forma ilegal e teve a demissão pedida pela Corregedoria-geral da Secretaria de Defesa Social (SDS). A Polícia Federal informou, que agora os fuzis, revolveres, pistolas, carabina e espingardas apreendidas vão ser úteis para proteger o cidadão.
"A gente acredita sim, que o repasse dessas armas para à Polícia Militar de Pernambuco, significa um grande salto na qualidade do trabalho e na possibilidade de enfrentamento a esses grupos no estado, disse o Delegado Regional da Polícia Federal, Márcio Tenório, em entrevista à TV Globo."
Histórico

O policial foi preso pela Polícia Federal em 2022. Passou quatro meses na cadeia e foi solto em fevereiro deste ano.O clube tiros foi fechado e a PF apreendeu 2.555 armas. Segundo a corporação, essa é a maior apreensão dos últimos dez anos.

Diego será julgado pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e comércio ilegal de arma de fogo.O TRF5 também aceitou o pedido da Polícia Federal em Pernambuco para que as armas apreendidas em Caruaru sejam doadas para a PM do estado.

Diego ficou milionário com os empreendimentos, de acordo com as investigações da PF. O patrimônio saltou de R$ 390 mil, em 2018, para R$ 60 milhões, em 2021.Ainda segundo a PF, Diego tinha o maior clube de tiros do Brasil, com 8 mil associados, e oferecia um pacote completo com assistência jurídica, armas e treinamento para os associados.

Na época da prisão, Diego estava construindo mais três clubes, com loja e serviços de manutenção. Um deles seria para tiros de fuzil.

Segundo as investigações, o CTA Clube de Tiro tinha associados em todo o Brasil e agilizava a filiação deles em clubes de diferentes estados. Era uma manobra para os filiados circularem pelo país com armas carregadas.

Detalhes da denúncia

A reportagem do "Fantástico" mostrou também como o acesso a licenças para caçadores, atiradores desportivos e colecionadores de armas, os CACs, facilitou que fuzis fossem parar legalmente nas mãos de traficantes.

O governo de Jair Bolsonaro (PL) autorizou os CACs a levar armas municiadas ao clube, a competições, a caçadas e a exposições de coleção. O governo Lula (PT) proibiu que essas pessoas se desloquem com armas municiadas.

A Polícia Federal também apontou que o clube de tiros facilitava que pessoas com antecedentes criminais conseguissem o registro de CACs. Em uma gravação da PF, um associado conta que foi detido depois de beber e atirar.

O que diz a defesa

A defesa de Diego disse para a TV Globo que a demissão “contraria a legislação”. Também afirmou que a decisão da corregedoria é "prematura, apressada e incompatível" e que o policial tem direito à ampla defesa e ao contraditório.

O advogado Ricardo Rêgo Barros disse ainda que seria "prudente" aguardar as conclusões do processo penal na Justiça e só assim adotar as devidas providências.


Com informações do G1 Caruaru e Região

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