Submarino Titan sofreu implosão durante passeio a caminho dos destroços do Titanic. Nas profundezas do oceano, diante da escassez de alimentos, seres vivos desenvolveram mecanismos eficazes para encontrar, com rapidez, ossos e gordura de outros animais.
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Submersível Titan, em foto sem data — Foto: OceanGate Expeditions/Divulgação via Reuters |
A implosão do submarino Titan no Oceano Atlântico, durante uma expedição para ver os destroços do Titanic, levou ao esmagamento e à fragmentação dos corpos das cinco vítimas, afirmam especialistas ouvidos pelo g1. Divididos em partes muito pequenas, os restos mortais dificilmente serão encontrados um dia.
Há dois principais motivos:
- a altíssima pressão exercida pela água a uma profundidade de 4 mil metros;
- e a existência de uma fauna marinha (como tubarão, peixe-bruxa e verme-zumbi) ávida por alimentos.
Entenda, em detalhes, abaixo:
➡️ 1 - A alta pressão que levou ao esmagamento dos passageiros
Quanto maior a profundidade no mar, maior a pressão exercida pela água. Quando nós mergulhamos por dois ou três metros, por exemplo, já sentimos os ouvidos "estalarem". Imagine só a 4 mil metros, como era o caso do submarino. O veículo, provavelmente por causa de um defeito no casco, não resistiu e implodiu.
"É um efeito devastador", afirma Thomas Gabriel Clarke, do Laboratório de Metalurgia Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Uma das comparações que mostra a força da implosão (que ocorreu em uma fração de segundo) é que a água exercia uma pressão equivalente à de um elefante pisando sobre um pedaço de papel de 25 centímetros quadrados.
"Tudo foi muito rápido; as vítimas nem sentiram nada. Seria como largar toneladas comprimindo o corpo das pessoas em todas as direções."
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