No dia 6 de fevereiro de 2015, Pernambuco viveu um episódio que chocou não apenas o estado, mas todo o país. A chacina de Poção, que resultou na morte de três conselheiros tutelares e uma idosa de 62 anos, é uma triste lembrança do quanto é crucial a presença de profissionais comprometidos com a proteção da infância e juventude em nossa sociedade. Hoje, em 1º de outubro de 2023, os brasileiros têm a oportunidade de eleger aqueles que desempenharão esse papel fundamental como conselheiros tutelares em suas comunidades.
O brutal crime que ocorreu em Poção, no interior de Pernambuco, foi um triste lembrete de que a função dos conselheiros tutelares vai muito além de um simples cargo público. Eles desempenham um papel crucial na defesa dos direitos das crianças e adolescentes, atuando como verdadeiros guardiões das gerações futuras. A tragédia de Poção expôs a vulnerabilidade desses profissionais, que muitas vezes enfrentam desafios imensos em seu trabalho.
Os conselheiros tutelares são responsáveis por zelar pelo cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), garantindo que os direitos fundamentais desses jovens sejam respeitados em todas as circunstâncias. Eles lidam com situações complexas, como abuso infantil, negligência, violência doméstica e abandono, buscando sempre o melhor interesse da criança ou adolescente envolvido.
A eleição para a escolha dos conselheiros tutelares, que ocorre hoje em todo o Brasil, é uma oportunidade crucial para a comunidade escolher indivíduos capacitados, comprometidos e éticos para ocupar esse cargo. A escolha certa pode significar a diferença entre a proteção adequada das crianças e a repetição de tragédias como a de Poção.
A importância de bons conselheiros tutelares transcende os limites da política partidária. É uma questão de assegurar um ambiente seguro e saudável para as crianças e adolescentes em nossa sociedade. A sociedade civil, os pais e responsáveis têm o dever de participar ativamente desse processo eleitoral, escolhendo candidatos que demonstrem um compromisso genuíno com a proteção da infância e juventude.
Além disso, é fundamental que as autoridades locais e a sociedade como um todo ofereçam apoio e recursos adequados aos conselheiros tutelares, garantindo que eles possam desempenhar suas funções de maneira eficaz e segura. A capacitação constante, o acompanhamento psicológico e o suporte legal são medidas essenciais para fortalecer o trabalho desses profissionais.
Em um momento em que a segurança e o bem-estar das crianças e adolescentes estão em foco, a eleição dos conselheiros tutelares se torna uma responsabilidade coletiva. A tragédia de Poção deve ser lembrada como um lembrete doloroso do que está em jogo quando não há um sistema eficiente de proteção à infância. Votar conscientemente e apoiar os conselheiros tutelares em suas missões é um passo crucial para construir um futuro mais seguro e promissor para nossas crianças e jovens.
Do Bruno Muniz
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