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quarta-feira, 7 de março de 2018

Coluna do blog desta quarta-feira

Candidatura de Marília Arraes além de reoxigenar o PT, fortalece a chapa proporcional 
A pré-candidatura de Marília Arraes ao governo de Pernambuco é de longe o grande fato novo da disputa de 2018. Ela vem conquistando um espaço nesta fase de pré-campanha de fazer inveja a Paulo Câmara e Armando Monteiro que foram candidatos em 2014 e pretendem reeditar a disputa em 2018. Apesar de nunca ter disputado eleição majoritária, Marília aparece com cerca de 15%, empatada tecnicamente com o governador e muito próxima do que tem o senador Armando Monteiro.
No plano nacional, o PSB decidiu que não marchará com ninguém, deixando os estados livres para formalizar uma aliança com quem bem entender. Essa decisão evidencia que não há motivos para reciprocidade do PT com o PSB em Pernambuco, uma vez que a principal justificativa da aliança, que era a eleição presidencial e a coligação de PT e PSB, caiu por terra no encontro nacional do partido em Brasília no último final de semana.
O PT nunca conseguiu se consolidar em Pernambuco, nem mesmo na época em que Lula foi presidente e João Paulo era prefeito do Recife, o partido alcançou o Palácio do Campo das Princesas. A própria vitória de Humberto Costa para o Senado em 2010 foi fruto do poderio eleitoral de Eduardo Campos, mesmo assim Humberto iniciou liderando a corrida e acabou ficando em segundo lugar tendo menos votos que Armando.
Essa candidatura de Marília Arraes caiu como uma luva para o PT, que estava machucado com o processo de impeachment e de mais uma derrota na disputa pela prefeitura do Recife. Marília ajudou o partido a se reencontrar com as bases e representa no seu projeto parte do que um dia Miguel Arraes e Eduardo Campos representaram. Ela é jovem, mulher, aguerrida e destemida, é de longe a personagem que pode representar a ressureição do PT em Pernambuco.
Nas eleições de 2006, mesmo ficando em terceiro lugar com 25% dos votos válidos, o PT garantiu para a sua coligação 155 mil votos de legenda para federal e 156 mil para estadual. Passados 12 anos daquele pleito, com o aumento do eleitorado e um desgaste da classe política tradicional, Marília pode representar a esperança e a renovação política, o que garantiria pelo menos cerca de 100 mil votos de legenda para o partido nas duas eleições proporcionais. Isso garantiria a vitória de pelo menos um deputado estadual, mas que evidentemente com o lançamento de candidaturas representativas do PT, as chances são elevadas de emplacar três deputados estaduais, e no plano federal encaminharia a primeira vaga e daria grandes chances de eleger pelo menos dois deputados federais. O PT com Marília disputando o governo deixaria a marca de não eleger nenhum deputado federal para garantir pelo menos dois representantes, e para estadual renovaria a bancada e poderia garantir a chegada de um terceiro nome.
Bancar Marilia Arraes é pensar no futuro do partido, é deixar em segundo plano as vaidades pessoais de Humberto Costa e João Paulo, que há muito tempo já deram o que tinha de dar, e não ofertam mais nenhuma perspectiva política para o PT. Em nome do presente e do futuro do PT, eles devem abrir alas para Marilia passar, porque somente ela representa o verdadeiro ressurgimento do partido em Pernambuco.
Lebre – Aliados do governador Paulo Câmara dizem que o senador Fernando Bezerra Coelho vendeu gato por lebre ao dizer que levaria quatro deputados federais para o MDB e que nem Fernando Filho irá para o partido por conta da indefinição partidária. O Palácio comemorou e muito a decisão de uma candidatura e lançamento dia 20 de abril na oposição porque tem absoluta certeza que até lá Fernando não pegará o MDB e consequentemente ficará de fora da disputa pelo governo.
Mata Norte – O deputado federal Daniel Coelho está fazendo movimentos bastante consistentes na região da Mata Norte. Ele deverá atingir boa votação na região e compensar naturais perdas na Região Metropolitana do Recife. Daniel ainda não decidiu se fica no PSDB ou se irá para o PPS, mas só trocará a sigla tucana se for para comandar o PPS no estado.
André Ferreira – Cortejado pelo Palácio do Campo das Princesas, o deputado estadual André Ferreira, pré-candidato a senador pelo PSC, também está sendo flertado pelo senador Armando Monteiro na disputa pelo governo de Pernambuco. Representante do segmento evangélico e integrante de um grupo político em ascensão, para onde André pender, estará ajudando a sacramentar a eleição.
Trânsito – Os vereadores Marco Aurélio (PRTB), Wanderson Florêncio (PSC) e Gilberto Alves (PSD), membros da comissão especial para fiscalizar o trânsito, viajaram a São Paulo para conhecerem a realidade do tráfego na capital paulista, e poder trazer experiências para a situação do trânsito do Recife que a cada dia que passa vem ficando insuportável.
RÁPIDAS
Corpo – A pré-candidatura de Antonio Souza, presidente estadual do PROS, ao Senado, vem ganhando destaque nos bastidores da política, tendo em vista a capacidade de organização e articulação que vem sendo conduzidas por Antonio, com vistas a disputa eleitoral deste ano.
PROS – Por falar em PROS, o Palácio do Campo das Princesas está articulando a filiação de candidatos que tenham potencial entre 20 e 30 mil votos em um partido para formalizar uma chapinha competitiva para deputado estadual e tudo indica que este partido poderá ser o PROS, que em 2014 elegeu um deputado estadual.
Inocente quer saber – O Palácio pode mesmo comemorar a ausência do senador Fernando Bezerra Coelho na disputa pelo governo?

Do Edmar Lyra

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